A DONZELA NEGRA
Quisera decifrar o enigma
Por trás do negrume da morte
Quisera eu não ter o estigma
De sangrar lá dentro do corte
Minha alma está naufragada
De dores, traições e delírios
A maldade me feriu de espada
E o ódio demonstrou os seus lírios
Sou mártir de um mundo de tédio
Sou louco no palácio sem sonho
Eu levei demais minha vida a sério
E hoje não há mais razão que disponho
A morte é um único desejo
Que ela venha, então, com seu mórbido beijo!