Verdade
Turva e cálida cai no nada,
Como pintura desfigurada pela borra;
Corra!
Antes que a alma se esvaia toda...
Ampare a amada antes que morra;
Faça com que cresça a crença
Dissipando a doença nova, infrene e vil.
Que não se conte mais mil amanhã.
Que não se conte com a sorte para conter a morte
Que bate à porta.
A vida é a verdade que mais importa,
Inegavelmente é a única verdade,
Depois dela, atravessado o véu,
Quem sabe o que nos espera?
Quem dera, a mim, seja o céu.