Tempo de Morrer

Não era tempo de morrer

Mas me ardia muito o peito.

Então pensei: equivoquei-me?

Será que me passei na bebida,

Infringi alguma lei divina,

Ou apenas sucumbi na rotina?

Não era tempo de morrer

Mas eu permanecia deitado.

Sem forças para levantar,

Sem coragem de me olhar,

Medo de me ver no espelho.

Acendi a luz e pronto! Viajei!

Referência:

MALLMITH, Décio de Moura. Tempo de Morrer (Poesia). In Coletânea Literatura, Sentimentos & Razões. Vol. 3. Adélia Einsfeldt e Milton José Pantaleão Júnior (Organizadores). p. 97. ISBN: 978-85-93043-61-1. Porto Alegre: Alternativa, 2018.