O Estio - Com Gustavo Valério Ferreira

Poema escrito junto ao nobre amigo Gustavo Valério Ferreira:

Deitar-se em versos do mais ledo horror

ao descrever o tão cruel vazio

É como o altar do meu mais negro amor

chovendo os ais durante o crasso estio...

E em tua pele mórbida, um tumor

emurchecendo o teu mais belo brio...

Mas neste sórdido e perturbador

poema, apenas és um sonho frio.

Escravo preso ao teu condão medonho

concedo o amor ao sangue que despejo

enquanto quedo, afundo nesse sonho

e perco a essência para o teu desejo...

Estarrecido, a mão no peito ponho...

Sob tua pólvora a este mar rastejo

ensaguentado e fraco, mas risonho

eu solto um cuspe em teu boçal cortejo!

Gabriel Zanon Garcia e Gustavo Valério Ferreira
Enviado por Gabriel Zanon Garcia em 30/05/2020
Reeditado em 30/08/2022
Código do texto: T6962551
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