A hora da morte

Ah, o Divino!

O que é o divino senão aquilo que vêm dos céus?

Você já fechou seus olhos e viu seu Deus brilhar como uma imensa luz?

Ah, o Divino!

O que é o divino senão aquilo que vêm dos céus?

Você já fechou seus olhos e viu seu Deus brilhar como uma imensa luz?

Sabe qual é o valor de acreditar em algo acima de tudo e de todos?

Já ergueu as mãos para o céu e mesmo diante de uma tragédia, sentiu que não estava sozinho?

Já se viu caído no chão, sozinho e na escuridão?

Sentindo fome de tudo?

A necessidade gera revolta

A exclusão marginaliza

Cria marcas profundas na alma

É como uma ferida sangrando sem parar

Você já se sentiu fraco, inútil, abandonado, perdido e descartável como um saco de lixo?

Pois então, experimente sentir tudo isso, que eu sinto

E veja se ainda consegue acreditar!

Você sabe quando a gente sabe que tudo está perdido?

E que não existe mais nenhuma esperança?

Quando suas mãos assim como as minhas, já não tocam mais o céu

Você não acredita

Tudo é vazio

Nada mais existe

Além daquele buraco na alma jorrando sangue dia e noite

Você sabe que perdeu tudo

Quando não pode mais contar consigo mesmo

Quando sua alma está presa entre o teu corpo e as trevas da escuridão

Isso é a depressão

É a sombra da morte

É quando suas mãos já não tocam mais o céu

Não há esperança

Não há fé

Tudo se perdeu na solidão de uma existência vazia e extremamente miserável

E o Divino?

Ah, o Divino simplesmente não existe mais

E suas mãos jamais alcançarão o céu

Por que você se perdeu para sempre na escuridão e opressão de um mundo sem coração.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 08/05/2020
Reeditado em 15/05/2020
Código do texto: T6941168
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