A morte do eu passado
Quem irá me livrar
Do mito constante
Que ecoa na caverna
E produz as sombras
De tudo o que restou,
Apenas idealizações
Serei eu, esse eu do futuro
Mas nunca o eu passado
Do tempo que não volta
Mas quando ele, eu, chegar
Não serei mais o que era
Pois tudo muda,
constantemente.
Espero por essa mudança
Como quem espera a morte
E dói se saber mortal
Mesmo que por uma parte
Para fazer-se reviver de novo
Mas dói a espera
Da demora do tempo
No limbo da existencia
De algo que ainda virá