Silêncio
A poesia tem que ser parida quando ela quer, e não quando o poeta tiver tempo. Pensei este texto dias atrás, mas não escrevi, relutei, nem era sobre isso, embora os versos teimassem em sussurrar. E por ter passado da hora de nascer, não nasceu como na ideia primeira.
Silêncio
O silêncio da tua voz perfurou as veias mais remotas
e importantes do meu coração
E ele sangrou, ficou pálido...
A omissão das tuas palavras estourou seus tímpanos
e ele ficou surdo.
Em vão seus olhos lhe procuravam, mas você se escondeu.
Enquanto seus passos seguiam em direção aos teus
Os teus fugiam dos dele...
E a esmo, num deserto de sentimentos, desfaleceu.
Agora, sob uma nuvem sombria
Dentro deste túmulo frio
Tu descansas, foste sem se despedir.
Descanse em paz, amada;
Enquanto este silêncio ensurdecedor me atormenta o peito.