TÚMULO, ROSA E PASSARINHOS
A sombra da minha morte se aproxima
O meu corpo se entrega a nobre terra
Entrego-me já vencido nessa guerra.
 
Rodeado entre pérolas e diamantes
Eu caminho a passos lentos na calçada
Quero a paz, vento fresco e mais nada.
 
Verdes campos resplandece minha alma
Pássaros cantam anunciando o meu final
Um pobre túmulo num silêncio sepulcral.
 
A roseira vem nascer sobre meu túmulo
Não se espante cheire a flor, ela sou eu,
Morreu o corpo, mas minh’alma floresceu.
 
Doce paz em minha última e fria morada
Nesse encanto em dias quentes e noite fria
Em minha memória declame belas poesias.
 
Toda glória dessa vida agora é nada
Nunca deixe morrer a minha memória
Que meu legado seja uma bela história.
JOEL MARINHO