FRIA LÁPIDE
Tímida flor...
Que desabrocha da fria lápide
Logra do teu filo retrô
E enseja seu ápice
Pois ao teu lado
Convive a Amarena
Que encantou o parnaso
Nem por isto se atenha
Vale mais do que um Estáter
Ainda na tua gêmula
Seja a pia-máter
Calêndula
Refute o vento
Alimente-se do sol
Arrebate a água da chuva
Crave suas raízes na terra
Podem lhe tomar a flor
Mas não a tua beleza
Que seja dado como penhor
E saiam à francesa
Pois o apreço vem dos olhos
E não através das mãos
E o unguento cóleo
Vem do teu perdão