O fim
Ouço as vozes que ecoam ao meu redor
Silêncio quebrado por gemidos queixosos
A angústia de tantos outros esquecidos
Que assim, como eu, permanecem vazios
Sinto os olhos negros que me observam
Desejando o pouco de vida que ainda possuo
Lamentações intermináveis das negras almas
Arruínam a sanidade que ainda resta em mim
Aos poucos percebo que sou apenas mais um
Perdido em uma vida atrás do que jamais terei
Aos poucos percebo que o tempo se esgotará
E me juntarei a eles, meus irmãos de linhagem