O fim

Ouço as vozes que ecoam ao meu redor

Silêncio quebrado por gemidos queixosos

A angústia de tantos outros esquecidos

Que assim, como eu, permanecem vazios

Sinto os olhos negros que me observam

Desejando o pouco de vida que ainda possuo

Lamentações intermináveis das negras almas

Arruínam a sanidade que ainda resta em mim

Aos poucos percebo que sou apenas mais um

Perdido em uma vida atrás do que jamais terei

Aos poucos percebo que o tempo se esgotará

E me juntarei a eles, meus irmãos de linhagem

Cláudio Borba
Enviado por Cláudio Borba em 24/01/2020
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