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Morreu o poeta...

Morre um poeta, em 3 atos
Na terra que já o consumiu
Dele, apenas as boas lembranças
Parentes, entes, crianças
Que sempre negaram abrir seus ouvidos
Não se curvando, a seu talento!

Ato 1...
O poeta cai e se acama
Seus guardados escritos mofam...
Sem ação, sabe aonde foram jogados
Seus rabiscos e rascunhos amontoados
Atirados como papéis de pão, consumidos
Mas negam, os desapiedados seu valor e talento!

Ato2...
O poeta está desenganado
Já não pode esperar linimento milagroso
Muitas de suas orações estão por aí, a curar
Seus poemas coloridos, lançados no ar
Estes verbetes juntados de tempos idos
Serão reconhecidos, post mortem!

Pois, eis aqui o último...
Acaba de morrer para este mundo
Um poeta, em três atos
Na terra insonsa que já o consumiu
Dele, apenas as boas lembranças
Parentes, entes, crianças, chorosos agora
Mas que sempre negaram ouvidos outrora
Sem curvarem-se, a seu eterno e reconhecido, talento!