A MORTE

A minha longa e dolorosa moradia

Onde não vejo passar dos dias

Sinto doer como um tiro

O frio doloroso desse retiro

Aqui não tenho mais vida

São sete palmos debaixo do chão

Minha vida se foi pela contramão

E muitos nem perceberam

Os dias que antecederam

Fiz promessas tortas

As quais aqui não importam

E quando o dia enfim chegou

Não senti mais dor.

Sinto pelas pessoas que me amavam

Que depois da partida choravam

Na minha breve passagem denominada vida

Vi a esperança mais longe sumida

Minha alma sempre fugida

Meu coração sem batida.

Barroso L
Enviado por Barroso L em 27/12/2019
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