A MORTE
A minha longa e dolorosa moradia
Onde não vejo passar dos dias
Sinto doer como um tiro
O frio doloroso desse retiro
Aqui não tenho mais vida
São sete palmos debaixo do chão
Minha vida se foi pela contramão
E muitos nem perceberam
Os dias que antecederam
Fiz promessas tortas
As quais aqui não importam
E quando o dia enfim chegou
Não senti mais dor.
Sinto pelas pessoas que me amavam
Que depois da partida choravam
Na minha breve passagem denominada vida
Vi a esperança mais longe sumida
Minha alma sempre fugida
Meu coração sem batida.