Leão da cova

Nesta cova teu defunto não cessará seu receio

Nem verá teu porte ruir por um único meio

Através de lembranças que por augustas almas age alado

Cerceado na glória que outro pensa avantaje aflorado

Neste tento pornô, na vespertina noite e última

Que vista já era mais podre e sentenciada mais aceita

Desde onde ora deita, teu espirro espúrio de alma íntima

Intimidada conquanto o leão da cova adveio adentro

Deveras densa, deveras talco, talco bruto

Talco penoso. Não aspirado. Bruto. Bruto.

Se revoga à e perde a memória, como fazem aos santos

Como fazem aos defuntos.

Defuntos calados, em voz abrutes

Figurados lautos de silêncios abutres

Aflora e se cala. Cala, Leão da Cova!

-Morreu.