Epitáfio

Hoje, procura entre as alamedas

Com as recordações lacrimosas

O túmulo de quem a despresou

O abrigo dum amor maltratado.

Segue lento na idade avançada

Traz no rosto o arrependimento

De que beleza física não é nada

Porque se acaba com o tempo.

Vê na campa o retrato sorrindo

Dum olhar que no rosto refletiu

De quem lhe ofereceu o paraíso

Mas o amor à tristeza sucumbiu.

Suas lágrimas molham a lápide

Quando ler escrito na mármore

A frase dum amor indestrutível.

"Aqui jaz quem te amou demais!

Daniel Bezerra da Silva
Enviado por Daniel Bezerra da Silva em 02/11/2019
Reeditado em 05/12/2020
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