Epitáfio
Hoje, procura entre as alamedas
Com as recordações lacrimosas
O túmulo de quem a despresou
O abrigo dum amor maltratado.
Segue lento na idade avançada
Traz no rosto o arrependimento
De que beleza física não é nada
Porque se acaba com o tempo.
Vê na campa o retrato sorrindo
Dum olhar que no rosto refletiu
De quem lhe ofereceu o paraíso
Mas o amor à tristeza sucumbiu.
Suas lágrimas molham a lápide
Quando ler escrito na mármore
A frase dum amor indestrutível.
"Aqui jaz quem te amou demais!