CARTA MORTUÁRIA
Ainda que eu me lance, nessa vida,
Como um pássaro finito que,
Passa por processos, sendo eles a morte,
Esta insanidade vinculada a realidade humana,
Transcende todo o meu corpo,
Abriga minha alma inquieta,
E contempla os segredos de poeta.
Oxalá, que pudesse ouvir a minha voz,
Em noites em claros, dias inusitados,
Além de encontrar meus tempos…
Pediria sem demora, sonhos completos,
Pois os incompletos, já possuo aqui na terra.
Os olhos demonstram ansiedade,
Por conta da vontade de andar,
Minuto a minuto, pelas montanhas do meu EU INTERIOR!
Por que busco a alegria do verso anterior?
Talvez seja a intenção de encontrar a felicidade,
Sendo flores em seu mistérios,
Cuja face encobre minha imagem.
Não se deve fugir da bela princesa,
Vinda de qualquer lugar,
Só para ler a carta mortuária,
Tocando o último som fúnebre,
Da passagem a existência terna.
Quando isso vier a ocorrer,
Os sentimentos e sentidos,
Serão como a alma e o coração,
As poesias e suas palavras,
Misturando-se aos sabores,
Do quais posso saborear.
Se isso não é magia,
Então, desculpe-me pela decepção,
Caso não esteja em compreensão,
Os motivos pelos quais venho a dialogar.
POR RICARDO OLIVEIRA EM 02/10/2019.