Na curva sinuosa da emoção
Íngreme trajetória,
Escorreu solidão.
Que adormeceu o seu ventre.
No derrame visto,
No asfalto da alma,
A imagem escoava na tristeza.
Em tons vermelhos sangue,
Forma de luto.
Tanto imprimiu fotos...
De medo se vestiu!
Não acreditou que ele teria coragem.
Desde que decidiu.
Se libertar era feito um crime, imperfeito...
Prisioneiro do amor,
Numa mente insana
Fez do cárcere seu escudo.
Na redoma de vidro a fez santa.
Mesmo a nominando impura,
Nos seus devaneios.
Notícias de jornais,
Em capas de chuva... 
Agora encharcadas de dor.
Num para-raios de ilusão,
De onde coabitaram
 Na segunda chance.
(Mal sabia seria a última)
Na flor posta sobre os cravos brancos
Estavam também os espinhos.
Que espetavam o coração.
Atrevido, chorou...
De quem respeitou a sua escolha
E que agora enterra o amor,
Roubou a única joia.
Como quem fosse dono dele (dela).
Não era um script.
Fim.
 
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 15/07/2019
Reeditado em 15/07/2019
Código do texto: T6696230
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