O tempo morreu
O tempo morreu.
Vieram as nuvens e choraram.
O sol não conseguiu amanhecer naquele dia.
Aurora vestiu-se nublada para o enterro.
O vento zunia seu canto fúnebre e inconformado.
As árvores rebolavam, acenando suas folhagens.
No chão, a chuva se deitara olhando para o céu.
Ela refletia o rosto cálido dos crisântemos
Os quais, pálidos, adornavam aquela cena familiar.
O céu entardeceu francês.
De terno cinza, principiou a soluçar relâmpagos.
Era tarde demais: o tempo morreu.