A Ilusão e a Morte

Um garoto caminhava por uma rua deserta e muito escura, a ilusão o perseguia e sua escapada devia ser rápida e astuta. Sem pestanejar, virou em uma rua enlameada sem luz alguma e quando menos percebeu se deparou com a Morte.

— Você veio me buscar? — Perguntou o garoto recuando alguns passos.

— Não! — Respondeu a Morte — Apenas vim para lhe tirar a ilusão...

— Que ilusão? — Indagou o garoto sem deixar a Morte concluir sua fala.

— Meu caro, a ilusão lhe fez acreditar que as pessoas ainda tem caráter algumas realmente o tem, mas uma passou pelo teu caminho e lhe enganou, te iludiu, e sua missão deve ser terminada. Aprenda a enxergar a verdade, pois muitos lhe virão com mentiras. Quando um sentimento é verdadeiro, não há tempo e nem outro motivo que possa destruí-lo.

— Mas... como faço para esquecer? Como faço para me livrar desse mal?

— Garoto... É simples. Alguns podem te iludir, mas o destino sabe o que faz. As pessoas são perversas garoto, roubam sua alma e até seu coração, mas será que elas merecem o que recebem? Certamente que não, ainda mais essa criatura tola que passou em sua vida, nem eu, a Morte, quero encontrar com um ser tão fútil que é capaz de enganar as pessoas com a ilusão.

— Então devo fazer o que? Me responda! — Disse o garoto sem entender o que deveria fazer.

— As pessoas só estão vinculadas a alguém por um laço de sentimento, quando uma das partes rompe esse laço, a magia está desfeita, mas para a outra pessoa ainda existe o laço. Como eu disse anteriormente, as pessoas são perversas e não prezam um verdadeiro sentimento, quando rompem o laço se desligam quase que totalmente da outra pessoa como se a mesma fosse descartável Garoto, desvincule-se deste laço, somente assim a ilusão deixará você ir embora...

Bruno Twain
Enviado por Bruno Twain em 29/05/2019
Código do texto: T6660071
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