UM QUIÇA EM MINHA QUIMERA (Adeus)
Não aprendi dizer adeus, mas acho que não foi somente eu,
E este medo está escondido como uma perola na ostra,
Dando valor a quem se ama, mas que amanhã poderemos não mais encontrar,
Sabe, alguns dias no breu da madrugada, em meio sua calada,
O medo se levanta e entra sem um convite,
E ali o forte é lenda e não resiste,
Ao pensamento que insiste,
Sobre um medo, que nos torna humanos, que nos torna gente,
E as vezes uma lagrima cai antecipadamente, contrastando ao frio indecente,
E ali no silencio da noite nos sentimos mais um indigente.
Adeus. Ao amor que se finda.
Adeus. A qualquer coisa quando termina.
Adeus. A um sonho abreviado.
Adeus. Em um suspiro angustiado.
Adeus. O amor bastou?
Adeus. Você tudo falou?
Adeus. Por orgulho, alguma palavra você poupou?
Adeus. Mesmo feito tudo que deveria, a dor não amenizou.
A vida não para, a agrura não cala, o relógio não para,
Quem suporta ver a ruína daquilo que um dia foi?
Quem mantem a sanidade em uma partida que jamais voltará,
A esperança de um dia reencontrar, um quiçá em minha quimera,
Que dói e queima enquanto espera,
Mas que não encontra um ponto de fuga, somente persevera,
Para que você não seja o objeto cognoscível da dor de um outro alguém,
Onde a flor murchará tão rápida quanto o repente da despedida,
De uma tão amarga partida,
De quem nunca aprendeu a dizer um adeus.
Adeus. Ao amor que se finda.
Adeus. A qualquer coisa quando termina.
Adeus. A um sonho abreviado.
Adeus. Em um suspiro angustiado.
Adeus. O amor bastou?
Adeus. Você tudo falou?
Adeus. Por orgulho, alguma palavra você poupou?
Adeus. Mesmo feito tudo que deveria, a dor não amenizou, mas o remorso afastou.