Submundo
O dia chega ao fim,
Anoitecer que trouxe seu encanto,
Com seu esplendor sem fim,
Contemplo a minha ruína,
Que chega de forma repentina.
Sinto o cheiro de carniça,
Sagrada noite que pede justiça,
Escuto gritos em minha direção,
Momento em que perco minha proteção.
As trevas ressurgem,
Perdido em seu desencanto,
Reflito sobre a morte,
Sentando na beira desse rio,
Perco-me em prantos.
Criaturas que vivem na escuridão,
Procuram se alimentar,
De toda nossa podridão,
A noite chega ao fim,
No submundo a luz nunca vai adentrar.
Autor: Arthur Alves De Oliveira