Submundo

O dia chega ao fim,

Anoitecer que trouxe seu encanto,

Com seu esplendor sem fim,

Contemplo a minha ruína,

Que chega de forma repentina.

Sinto o cheiro de carniça,

Sagrada noite que pede justiça,

Escuto gritos em minha direção,

Momento em que perco minha proteção.

As trevas ressurgem,

Perdido em seu desencanto,

Reflito sobre a morte,

Sentando na beira desse rio,

Perco-me em prantos.

Criaturas que vivem na escuridão,

Procuram se alimentar,

De toda nossa podridão,

A noite chega ao fim,

No submundo a luz nunca vai adentrar.

Autor: Arthur Alves De Oliveira

Arthur Alves De Oliveira
Enviado por Arthur Alves De Oliveira em 28/05/2019
Reeditado em 28/05/2019
Código do texto: T6659215
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