Réquiem
A dor que sinto é cruel e forte
Tal qual um sino que ressoa como arauto da morte
E no tilintar agonizante, o anúncio da dor
Que de uma alma a vida, como o sol, já vai se pôr.
Não há estrelas nem luz, na noite após a triste partida
De alguém cuja lembrança jamais será esquecida.
Não há lágrimas o bastante pra regar a dor
De um coração partido, que secou tal qual a flor
E que ainda lembra dos sorrisos mil
E das muitas histórias que viveu com a pobre alma que partiu.
Como palavras que alguém nunca disse,
Como noite sem a certeza da aurora,
Assim é duro despedir-se
De uma alma que já foi embora
E vai para algum lugar,
Sabe-se lá Deus o que há de encontrar
Mas nós, visitaremos o seu túmulo, carregaremos seu caixão
Sempre com lágrimas nos olhos,
E mil lembranças no coração.