PRÓLOGO INSANO

Quando os desenganos consomem seu otimismo à alcançar conquistas, é aquele momento de se deparar com a eclosão do desespero interior, que geram pequenas erupções ameaçadoras nos olhares, próprios, contra os seus reflexos do cotidiano. Habituar-se não é mais escolha, e sim, um dever, uma obrigação. O cerco se fecha e é preenchido por água suja, represada por suas limitações. Não há para onde escapar. Não existe uma brecha que te ajuda a se esgueirar das impossibilidades que o atingem com lanças de crueldade, dilacerando sua esperança. Futuro? Insólito desamor. A agulha da vergonha e da covardia, está em mãos, costurando o que sobrou nos escombros do teu ego esmagado. O Desejo impulsivo, de fazer tudo o que não fez, se aflora e vem à tona em tiros de canhões apontando para qualquer direção. Surge uma Fome de querer se esvaziar de todo lixo acumulado pelos maus hábitos, vomitados pela sua convivência com o inoportuno. Os Anseios noviços, se debruçam sobre suas costas, sussurrando seus arrependimentos esganados pelas artérias da maturidade. A fúria, é só uma questão de tempo. O abalo catatônico exibirá sua beleza em breve. No melhor sorriso. Sem sombra de dúvida. A Derrota traz um prato suculento de culpas e depois se deita cedo ao seu lado, exigindo-lhe sua total atenção. Um tremor sísmico na garganta é somente questão de tempo. O Pensar se desfaz da companhia do Agir, e trata com indiferença o motivo de suas visitas. Eis que a mente está a beira da queda de um abismo úmido na escuridão. Um Rumo, não é mais prioridade; alimentar o ego de deleites frios? Acho que sim.

VINICIUS S FONTES
Enviado por VINICIUS S FONTES em 16/05/2019
Reeditado em 23/05/2019
Código do texto: T6648846
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.