VELEIRO
Como num romance inacabado.
Tal como veleiro naufragado.
Mortais em campo minado.
Vivem em jogo embaraçado.
Vida que vai e vem,
Morte que vem e vai.
Sem dizer quem chega,
Sem contar quem sai.
Aqui jaz os mamelucos,
Bravos, sutis e malucos.
Não sabem aonde irão,
Nem imaginam se chegarão.
Assim é a realidade:
Sem respostas, cheia de perguntas.
Sabe-se que viver
também é sofrer...
só não se sabe quando morrer.