Tributo a Poesia

Afinal por que choras?

Deixastes de respirar?

Se fosses acaso, a poesia

E fingistes a dor

Serias produto das lágrimas

E definição do perfeito,

Porque perfeita é a poesia

Que extrai a essência da própria dor

Para reciclar a luz que nas trevas está.

Afinal porque finges?

Deixastes de respirar?

Se fosses acaso a morte,

Estarias na dor.

Seria a causa das lágrimas

Que por definição é a própria redenção

Por que perfeita é a morte,

Que ensina pela presença da ausência

Trazer das trevas alguém que esteve em vão.

Afinal por que finges?

Deixastes de agradecer?

Se fosses acaso o perdão,

Estarias na duvida

Serias a causa da discórdia

E a discórdia é a morada da dor,

Das lágrimas,

Da imperfeição,

E em um dos seus quartos. Da morte.

Por fim, ainda que moribundo

Lembrar-se-ia da poesia,

Pois ela não nega a morte,

Nem a vida,

Nem o perdão,

Tão pouco as lágrimas,

Pois ela é por padrão a essência da vida.

Fernando Brasil:. 23/01/2019

fernando brasil
Enviado por fernando brasil em 22/01/2019
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