ENTERRO
Não tenha medo, tá?
Esses dias estão tão frios e confusos. Você anda assombrado e são apenas gatos se amando no telhado.
Você nunca teve certeza de nada e nunca soube para onde ir
Tem que convir, seu riso é deplorável
Desesperado
Sempre gostou de ficar sentado, aí parado, em seu mundo protetor
Quem dera, oh senhor, soubesse o quanto é colorido lá fora
Embora haja dor...
Não precisa chorar, confie, eu vou cuidar de tudo
Largue esse mundo, essa confusão
Esqueça os tempos, a decisão já não é mais sua
Criticaram-no por tanto tempo: "ficar em cima do muro"
"Servir a dois Senhores"
Ficar devendo favores na rua
O tempo acabou.
Acabou-se o amanhã
Acabou-se os planos
Acabou-se os desejos
Nada mais para você eu vejo. Não lhe restou beijos
E nada, nem o sabor lhe sobrará
Não tenha medo
Nem chore
Não há mais ninguém para segurar a sua mão
Não há mais necessidades, não há mais vontade de ficar só
A morte lhe trouxe um dos maiores prêmios
Não lhe resta mais nada
Nem seu é esse pó indigente.
Esses dias estão tão frios e confusos. Você anda assombrado e são apenas gatos se amando no telhado.
Você nunca teve certeza de nada e nunca soube para onde ir
Tem que convir, seu riso é deplorável
Desesperado
Sempre gostou de ficar sentado, aí parado, em seu mundo protetor
Quem dera, oh senhor, soubesse o quanto é colorido lá fora
Embora haja dor...
Não precisa chorar, confie, eu vou cuidar de tudo
Largue esse mundo, essa confusão
Esqueça os tempos, a decisão já não é mais sua
Criticaram-no por tanto tempo: "ficar em cima do muro"
"Servir a dois Senhores"
Ficar devendo favores na rua
O tempo acabou.
Acabou-se o amanhã
Acabou-se os planos
Acabou-se os desejos
Nada mais para você eu vejo. Não lhe restou beijos
E nada, nem o sabor lhe sobrará
Não tenha medo
Nem chore
Não há mais ninguém para segurar a sua mão
Não há mais necessidades, não há mais vontade de ficar só
A morte lhe trouxe um dos maiores prêmios
Não lhe resta mais nada
Nem seu é esse pó indigente.