Desconstruindo um Decadentista/Simbolista

Dia mimoso à ambrósia lembrança

Penoso ao horológio, coata,

Pesaroso a cruel esperança;

Do poeta: a angústia é imediata.

Morto vivo em pura agonia

Pura agonia, eu vivo morto,

Resistirei até o meu último dia

Mas com a mesma cara, desgostoso.

Decadentismo está na moda,

Meu relógio agora aponta,

A árvore escondida foi à poda

Perdeu caule, galho, folha e ponta.

É preciso gritar "Frui Mortem" ao máximo!

Tem também que deixar esquecer

Ou escolher viver à lá tantálico.

Redoma, perde-se no alvorecer,

À ótica desta neblina cinza,

O que é esse pesar? O que é esse sofrer?

No rio que corre internamente,

A correnteza corre sempre lisa

Caia a pedra ou o astro poente.

Minha mente grita minha partida

Minha caneta chora a cada sílaba

E o verso escorre das minhas feridas.

Tot Seltsam
Enviado por Tot Seltsam em 26/11/2018
Reeditado em 19/02/2019
Código do texto: T6512695
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