O ego e a morte
No meio desse imbróglio ego.ísta, que é tão meu,
me vejo pairando entre a morte. A morte nao veio me buscar. Mas ela está pela casa.
A morte sussurra em meus ouvidos me pedindo calma e paciência.
Ela diz "observe as rugas, os dedos, as palavras no avesso, as dores, o cansaço... menina, entenda, logo está na hora"
E eu, faço birra e ignoro a morte.
Mas a morte é infindável. É infinita. Ela vai muito além de quem eu sou ou compreendo. Ela é um Deus e eu um grão de areia.
A morte é a maior bençao que vem caminhando conosco desde o primeiro suspiro no planeta.
No meio desse imbróglio do que é viver e sedimentar sensaçoes o tempo todo, percebo... minha importância tem um fim nisso tudo. Há um paredão onde nao tenho permissao de passar
até que a morte venha por mim buscar.
Hoje a morte brigou comigo, secou minhas lágrimas e me disse "no minímo, tenho respeito comigo."
Padeço
Obedeço
Silêncio.