O ego e a morte

No meio desse imbróglio ego.ísta, que é tão meu,

me vejo pairando entre a morte. A morte nao veio me buscar. Mas ela está pela casa.

A morte sussurra em meus ouvidos me pedindo calma e paciência.

Ela diz "observe as rugas, os dedos, as palavras no avesso, as dores, o cansaço... menina, entenda, logo está na hora"

E eu, faço birra e ignoro a morte.

Mas a morte é infindável. É infinita. Ela vai muito além de quem eu sou ou compreendo. Ela é um Deus e eu um grão de areia.

A morte é a maior bençao que vem caminhando conosco desde o primeiro suspiro no planeta.

No meio desse imbróglio do que é viver e sedimentar sensaçoes o tempo todo, percebo... minha importância tem um fim nisso tudo. Há um paredão onde nao tenho permissao de passar

até que a morte venha por mim buscar.

Hoje a morte brigou comigo, secou minhas lágrimas e me disse "no minímo, tenho respeito comigo."

Padeço

Obedeço

Silêncio.

Gabi Batoni
Enviado por Gabi Batoni em 20/09/2018
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