A morte
O desenho da morte não é algo bonito de se ver
Não sabemos ao certo como é nem quando vai chegar.
Mas de certeza é a única coisa que temos a viver
Qualquer dia desses a morte pode levar um de nós.
Contudo é a certeza mais incerteza que a vida nos traz.
Acordamos pela a manhã e quem nos trazia paz
Já não está sentada naquela cadeira de balanço, fugaz
Tudo muito fugaz, como a vivez do moço da primavera
Passada que agora no verão sente a fera do tempo
Aproximar a morte a qualquer momento.
Momentos e histórias terminadas com um leve sopro
As vezes a morte vem e traz um alopro
É um alopro de dor e ausência que cala todas as eloquências
E que nenhuma das modernas ciências explica
As mais belas árvores caem as folhas
Os mais belos rios turvam as águas
Os pássaros somem do céu
E então o véu de luto cair sobre certos corações
Dessa forma as emoções se tornam turbilhões
De silêncios , grandes silêncios.