Da escuridão que muitos estremecem
Da escuridão que muitos estremecem
Lá para o breu aonde as almas descem
Me deslumbrei ante a beleza do crepúsculo
Levado por repulsivos prazeres
Extasiado pela degradação dos seres
Tal vermes famintos devorando os músculos
Como uma vocação para o pessimismo
De quem confronta há tempos o abismo
E em um desvario sonhei com a morte
Então desperto para o mundo de desgraça
Sem um lugar pra repousar minha carcaça
Comparado a um morto, quem terá mais sorte?
A massa escrava de paixões levianas
Vou convivendo com a violência cotidiana
Enquantos os iludidos romantizam o inferno
Tal como Nero pôs fogo em roma
Por quanto tempo irá se agravar os sintomas...
...até acendermos as luzes do mundo moderno?
Vagando nas moradas funerárias
Onde reduz tudo nas formas ordinárias
Em silenciosa e desolada paisagem
Então retorno para o mundo dos vivos
Onde sofremos o que há de mais repulsivo
Condenados a ser parte dessa engrenagem