morte
Morte
Esvai-se a vida por meus dedos
Oh morte! Leve-me ao nada, que não aguento mais tudo
Cada gota de meu sangue que tempera a terra com meus medos
Que o nada envolva minha miséria, meu distúrbio
Agora percebo, viver é um soco na fronte
Amar é alimentar quimeras
Que aos poucos nos devoram,
Sinto, ainda gora, cada dente pregado em meu coração
O que é a dor perto da morte da alma?
Envolva-me o nada, não busco a paz
Busco o tormento!
Venha dama, leve-me a sua morada
Dispa-se, deite-se a meu lado
E possua minha carne fria e putrefata.