As Cores do Silêncio
No cair da manhã
as luzes se deixam apagar
e o forte vermelho da maçã
de repente começa a mudar.
O amarelo se acinzenta
como o sol que já não há.
A solidão em si lamenta
o sonho que sonhará.
O mar já não tem cor
de azul, preto ficou.
Aquilo que era amor
se escondeu ou desligou.
Não há pássaro ou piado,
não há cores ou sorrisos.
A escuridão do calado
tornou preto todos os sentidos.