Morrer
Poema baseado em um comentário de Ana Toledo deixado em meu texto sobre a morte do médium Gasparetto. Este poema nem sempre expressa o que penso a respeito da morte, mas a visão de quem, diante dela, está tranquilo.
Morrer é como ir ali,
Sair para comprar cigarros,
Ou para pagar uma conta,
E não voltar nunca mais.
É dar uma simples olhada
Do outro lado da lua,
E depois de tal vislumbre,
Mudar-se, de vez, para lá.
Morrer não tem que ser dor,
Não é preciso ter medo
Do caminho inevitável,
Que todos iremos cruzar.
É afundar a cabeça
Num lago azul profundo
E sem ter uma outra escolha,
Dormir; deixar-se afogar.
Morrer é voo de pássaro
Que se joga num abismo
Sem ter a menor ideia
De onde ele irá pousar.
Talvez não pouse jamais,
E passe a morte a voar
Por sobre o que foi na vida,
Até que uma nova vida
O venha de novo levar.
A morte é palavra forte,
Sentença definitiva
E ninguém escapará
Da sorte que está prevista
No Livro da Morte - a vida.
Poema baseado em um comentário de Ana Toledo deixado em meu texto sobre a morte do médium Gasparetto. Este poema nem sempre expressa o que penso a respeito da morte, mas a visão de quem, diante dela, está tranquilo.
Morrer é como ir ali,
Sair para comprar cigarros,
Ou para pagar uma conta,
E não voltar nunca mais.
É dar uma simples olhada
Do outro lado da lua,
E depois de tal vislumbre,
Mudar-se, de vez, para lá.
Morrer não tem que ser dor,
Não é preciso ter medo
Do caminho inevitável,
Que todos iremos cruzar.
É afundar a cabeça
Num lago azul profundo
E sem ter uma outra escolha,
Dormir; deixar-se afogar.
Morrer é voo de pássaro
Que se joga num abismo
Sem ter a menor ideia
De onde ele irá pousar.
Talvez não pouse jamais,
E passe a morte a voar
Por sobre o que foi na vida,
Até que uma nova vida
O venha de novo levar.
A morte é palavra forte,
Sentença definitiva
E ninguém escapará
Da sorte que está prevista
No Livro da Morte - a vida.