LEITO DE MORTE
Quanto tempo perdido com besteiras
Quantas palavras soltadas ao vento
Quanta miséria de alma
Quanta alegria reprimida
E quanto sofrimento contido
Não espere para a última hora
O máximo que terá é um perdão
Mas o tempo não volta atrás
E o que deixou de fazer, não mais farás
O que deixou de dizer, não mais dirás
E o que deixou de viver, não mais viverás
É triste demais os últimos momentos
A sensação de impotência é marcante
O sentimento de pobreza de espírito perdura
O peso da culpa atormenta
E o vazio no coração destrói
As últimas palavras são mágicas
Nos fazem viajar pelo tempo
Pelo tempo que tivemos de sobra
E nada fizemos para aproveitá-lo
E agora no fechar dos olhos
E no último suspiro de quem vai
Quem fica se afoga em lágrimas
Arrependimento, tristeza, dor.
Adeus!