VIREI ARVORE
Sempre Tentando Encontrar Significado Para sua Dor
Presa ao Passado, Não Entoa Mais Louvor.
O Louvar, Louvar o Presente.
Que é Um Presente na Vida Real
Sentia-se Perdida
E Presa Numa Realidade Virtual.
Mas Não no Bom Sentido da Palavra.
Presa, a Presa estava.
Sendo Observada,
O Predador a Assistia.
No Leito da sua Dor e Eterna agonia.
Esperando que a Fraqueza Enfim
Tomasse Conta do Seu Ser
E Ali Pudesse Ver a Presa Esmorecer.
Sentia-se Presa Como Uma Arvore Negra.
Virei Arvore, Esboçava a Presa.
Raízes Que a Prendia no Mesmo Lugar.
Mas sem Frutos para Dar e Sem Sombra para Esfriar.
Arvore Infértil, Improdutiva.
Folhas Secas Inverno Eterno
Dentro da Sua Mente
Já Panejava o “Descanso” Eterno.
Sabia que Outra Vida Produzir Não Poderia
Mas se Pudesse, Quem Dessa Cuidaria?
Cuidado, Amor, Proteção.
Há Quanto Tempo Não Tinha Aquela Sensação.
Perdida Dentro de Si Própria
Como em um Labirinto Insano.
Em Seu Intimo Já não vivia um Ser Humano .
Sem Saída, Sem Brecha.
O inimigo lhe Apontava uma Flecha
Flecha Embebida em Dor e Morte
Envenenada, Deixada a Sua Própria Sorte.
Que Falta de Sorte!
Azarada Como Num Filme de Comedia.
Mas na Sua Vida Não Havia Muito do Que Rir
Sorria Com os Amigos,
Amigos Que Não Sabiam o Que Estaria Por Vir.
Olhos Frios, Perdidos no Horizonte.
Sua Felicidade Jamais Encontrara uma Fonte .
Carente, Benevolente Somente...
Triste,Rígida,frigida Sem Semente.
Esperava um milagre, pois um pouco ainda acreditava.
Mas Quando Para Dormir se Deitava, Pensava.
Percebia Que em Seu Coração Muita Magoa Guardava.
Impura, Infértil e Impotente.
Seu Corpo Não Produzia Aquela Semente
Semente da Vida,OH Criador
Um Filho eu Espero, Ouve Meu Clamor. .
C.ANICETO