O fim que deveria vir agora
O meu corpo tem sede de morrer
Todo dia experimento a minha morte
Todo dia abrevio minha vida
E enfim, morrerei eternamente se assim prosseguir.
Todo dia vejo as trevas tomarem conta dos meus pensamentos
E os sentimentos, estão cada vez mais escassos
Embora eu entenda a gravidade disso
Ignoro o fato do meu fardo.
Me condeno todo dia e assisto isso sem dar um basta
O fim que deveria vir agora
Sempre fica para amanhã
E amanhã é um novo hoje
E de novo me vem a maldade de me matar
A cada dia é uma maneira diferente
A cada dia se agrava a minha situação
Todo dia acabo o dia sem um dia se quer com noite
A vítima sou eu
O culpado sou eu
E se alguém tem que cessar, esse sou eu
Quem tem que lutar, também é eu
Eu não dou conta sozinho
Não consigo nem passar uns dia e pouco
Já quedo-me louco
E vou definhando de fininho.
Nada tem sentido
Nada tem gosto
Nada vale a pena
Nada tem cor
Estou de boa aqui
Estou bem assim
Não vou me mexer, não tô afim
Parece que é o fim.