A Luz dos Seus Olhos
Eu andava pelo escuro deserto
Minha vida é a triste,
Meu caminho era incerto!
Mas um dia entre rostos vi o seu,
Imediatamente tu também me viste
Seu coração passou a pertencer ao meu.
Caminhamos por noites escuras,
O frio do inverno a nos acompanhar.
Nos perdíamos por matas e ruas!
Eram os seus olhos a estrada a iluminar.
Que brilho intenso dos seus olhos cor de mel, reluzia,
Era meu menino, meu homem, minha alegria.
Não havia um só memento de tristeza,
E mesmo nas noites frias de inverno.
Entre sussurros de desejo e amor,
Seus braços fortes me abraçavam com destreza,
E a chama dos corpos ardentes de prazer me aquecia.
Mas ingênua e tomada por meus sentimentos,
Não percebi que uma dor crescente lhe feria!
Enquanto meus sonhos me transportavam para o êxtase,
O seu mundo de desgosto lhe corroía.
Naquela noite, depois de tanto amor.
Nos seus braços o meu corpo repousava.
Foi quando no meio da noite fortes ventos,
Me despertou para o que seria a minha dor!
Os mesmos olhos que outrora ilumina o caminho,
Agora sem luz, sem vida,
Me abandonou na caminhada!
E tudo o que até então era clarão, era brilho,
Tornou escura para sempre a minha jornada.