INFINDÁVEL FIM

Sou o avesso

Busco acordada

O que tenho não me importa

Vivo com sede.

O que tenho, nem mais vejo

O inquieto me comove

A água já não serve

Posso vê-la oscilando.

O intocável ao vento

não posso agarrá-lo

Mas cravo aqui dentro

Tamanho medo

de encontrar o avesso

do que tenho no peito.

De encontro ao visível

Posso ser alimento

Da água que bebo

Não há talento

Ao encontro da busca

Partirei com o vento.

Márcia Seven
Enviado por Márcia Seven em 12/03/2018
Reeditado em 07/07/2018
Código do texto: T6278058
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