INFINDÁVEL FIM
Sou o avesso
Busco acordada
O que tenho não me importa
Vivo com sede.
O que tenho, nem mais vejo
O inquieto me comove
A água já não serve
Posso vê-la oscilando.
O intocável ao vento
não posso agarrá-lo
Mas cravo aqui dentro
Tamanho medo
de encontrar o avesso
do que tenho no peito.
De encontro ao visível
Posso ser alimento
Da água que bebo
Não há talento
Ao encontro da busca
Partirei com o vento.