MOSAICO DE MI M

Todos que passam por mim

Sem duvidas deixaram coisas ruins.

Fragmentos do que eu era, mas talvez nunca fui.

Pensei que eu era e queria ser, tentei ser.

Mas nunca fui.

Um quadro fragmentado,

Um azulejo quebrado

Um mosaico de mim.

Nos vários anos que tenho

Pesam nas costas.

Corcunda mas não de notredame

Corcunda do pesar das provas.

Seu travesseiro sempre molhado.

Coração aquebrantado

Esperando boas novas.

Ela se pergunta por que do egocentrismo

Do ser quase humano que dizemos ser.

Para que buscar vida inteligente em outros planetas

Se nem aqui não temos, Já dizia o poeta.

Dedilhando no teclado tentando encontrar

Alguma palavra que a faça mudar

O amor e o amar já haviam sido riscados.

Tudo que um dia acreditava sobre ter alguém ao seu lado.

No mosaico sem fim ainda resta peça.

No espelho ela se olha, se espanta pois envelheceu a Beça

Envelheceu muito em poucas semanas

Não pisou nem pisar nas tais verdes gramas.

No sepulcro, sepulcrante nem ao menos tinha dinheiro

Para dar se encontrasse, no pós vida o barqueiro.

Ela escrevia Para se eternizar

Nas linhas dos seus versos mórbidos

Pois quem sabe um dia os seus desejos mais sórdidos

A pudessem deixar.

Mosaico de mim, tristeza sem fim.

De novo esse mesmo nada, a deixou sozinha na estrada .

Ela fez promessas que não poderiam cumprir.

Prometeu que não mais choraria

E sua bruxaria seria o sorrir.

Mas as insistentes lagrimas teimavam em cair.

Quem inventou o amor?

Questionava Renato.

Saber ela queria, pois ainda veria

Seu coração sangrando num prato.

A vida não tem manual.

Quem diz o que e certo ou errado?

Quem inventou o amor questionava Renato

Faleceu o grande poeta sem descobrir de fato.

Mosaico de mim historia sem fim

Tapete do Aladim para fugir desse lugar.

A vida e ruim!

E seu eu morrer assim enterrada num jardim para enfim

Poder descansar.

C ANICETO
Enviado por C ANICETO em 21/02/2018
Código do texto: T6260692
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