Emissário.

De duas face, a minha mortalha

E no silêncio da misericórdia

Atreve-se a me manipular

Na fatídica tristeza rochosa!

Deslumbrante como a aurora

Fulminando meu âmago sombrio

Tão puro,-à razão da realidade

Cobre o leito que deito, soberano.

Intrépido emissário titilante

Tão canoro na sombra do medo

Tu galga bem acima do abismo,

Age e sobe, de arcanjo tutor

À lavor que rasgou minha aorta.

Nesta minha gorja, solem da morte!"

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 20/02/2018
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