Vaso
Credos e filosofias
Perante a alma perturbada
Jáz o corpo sobre a louça fria.
Sem futuro esperar,
Por em nada acreditar
Estático se fita, à márgem da agonia.
A individualidade mergulha no todo
Bondade e maldade se misturam
Em pó e lodo.
Crachas esterotipados,
Do que a criatura é,
Aonde a verdadeira vida se faz
Ninguem é.
Crepita assim
A chama da razão
Tornando para si
Novos olhos
Cravados antes na escuridão.
Agora liberto do cárcere adaptado
Onde ergueu-se como templo
Pro fátuo arder aprisionado.
Cresce a liberdade
Quebram-se os grilhões
Pois a mente hoje liberta
Quebra o vaso
Crisália de ilusões.