Carruagem de Fogo
Carruagem de Fogo
Uma viagem devo fazer
Nada posso levar
A não ser o que sou
O que fui
Sempre o serei
Sonhador...
No precipício estou
Certo é o vôo
Suave a brisa
Em manhã de primavera
Aromas e flores
Absorto permaneço
Horizonte azul
Dúvida atroz
Indecisão!
O Tempo passa
Corre célere o átimo
Tic-tac alucinante
Marcas em meu corpo
Ferido...
Não deixo ouro
Nem tampouco prata
Somente meu Ser
Minh’alma fragmentada
Ao léu espalhada
Feito folhas em outono
Caminhos que fiz
Andarilho...
Os verdugos cobram
Decidem os deuses
Meu Destino consumado
Arena de Morte
Profundas águas
Caudalosas...
Meu epitáfio é poesia
Na descida de negro esquife
Lágrimas de saudade
Anjo Consolação
Esperança!
A estrela voltará a brilhar
A sorrir o velho criança
Alará o Anjo renegado
Trombetas em hosanas
Volta em triunfo
Rubro crepúsculo
Carruagem de fogo!!!