Amazukhi
Amazukhi
Minh’alma fragmentei
Na vã tentativa de dividir-me
Ser ínfima partícula
Na odisseia de um Poenauta
Errante.
Perco-me na efemeridade tola
Em cantos lascivos de sereia
Na hipocrisia dos maus
Verdugos de outrora
Punhais que sangram-me
Velhas feridas
Agonia...
Singro mares revoltos
Toco estrelas e quasares
Com meu olhar
Enigmático!
Vejo além das aparências
Lobos em pele de ovelha
Por mim passam
Chacais!!!
Esvai-se o Tempo
Em enlouquecedor tic-tac
Átimos em veneno
Taça que transborda
Os sentidos paralisam-me
Só estou
Permaneço...
Prosseguir é preciso
De novo acreditar
Que Ele em ti está
No micro e macrocosmo
Deus!!!
Sobrevoam-me Anjos
Em trombetas anunciam
O fim de um novo começo
Caim enfim Abel resgatou
Renasceu...
Carruagens no entardecer
Aguardam-me alados corcéis
No Horizonte em poente
Saio-me de cena
Sem lágrimas e/ ou despedidas
Liberdade!!!
Metamorfoseou-se novamente
Em borboleta a lagarta
Asas azuis
Arcanjo rebelde
Foi pária sem Luz
Amazukhi!!!