Amazukhi

Amazukhi

Minh’alma fragmentei

Na vã tentativa de dividir-me

Ser ínfima partícula

Na odisseia de um Poenauta

Errante.

Perco-me na efemeridade tola

Em cantos lascivos de sereia

Na hipocrisia dos maus

Verdugos de outrora

Punhais que sangram-me

Velhas feridas

Agonia...

Singro mares revoltos

Toco estrelas e quasares

Com meu olhar

Enigmático!

Vejo além das aparências

Lobos em pele de ovelha

Por mim passam

Chacais!!!

Esvai-se o Tempo

Em enlouquecedor tic-tac

Átimos em veneno

Taça que transborda

Os sentidos paralisam-me

Só estou

Permaneço...

Prosseguir é preciso

De novo acreditar

Que Ele em ti está

No micro e macrocosmo

Deus!!!

Sobrevoam-me Anjos

Em trombetas anunciam

O fim de um novo começo

Caim enfim Abel resgatou

Renasceu...

Carruagens no entardecer

Aguardam-me alados corcéis

No Horizonte em poente

Saio-me de cena

Sem lágrimas e/ ou despedidas

Liberdade!!!

Metamorfoseou-se novamente

Em borboleta a lagarta

Asas azuis

Arcanjo rebelde

Foi pária sem Luz

Amazukhi!!!

Pulsar
Enviado por Pulsar em 06/02/2018
Código do texto: T6246977
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