Realidade nua e crua

(Interação ao poema CEMÍTERA TESE, do

Poeta Carioca)

Tento presumir tua visão:

Um anjo pétreo em tua frente,

Como tal, estático e silente.

No alto entre nuvens, imensidão.

Estrelas em claridade silenciosa.

O anjo te fita como se falasse

Sobre o momento do trespasse,

Realidade crua e dolorosa,

Quando liberto dos liames

Que te prendem ao corpo teso,

Com suas regras seus ditames,

Não mais densidade nem peso.

Átomos e moléculas logo dispersas

Se agruparão em outro ser,

Quem sabe funções diversas,

Sem vestígios de memória ter.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 18/01/2018
Reeditado em 18/01/2018
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