Realidade letal

A morte paraninfa dos bichos se movimenta

Diligente a ofertar mais um finado como alimento

A carne fresca, nova sustância aos micro-organismos da terra

Insaciável fome, quanta demanda neste mundo

Em apelo uníssono clamam um banquete farto

Há muita gente saudável neste mundo que a morte não vence

Bichos pedem ao aumento da mortalidade

Pobres “esfomeados” em busca de estatística

À sete palmos vivem a subalimentação forçada

Rumores de socorro se fazem recorrente nos cemitérios

Uma força tarefa se faz urgente

Carentes Imploram a compaixão da temida mãe-morte

iminentemente levará uma mescla de tipos humanos

Jovens desiludidos, seres endividados, arrimos cheios de planos...

Contingente por tragédia ou realidade ou destino certo servirão de provisão(víveres)

Ao chamamento impreterível

Os bichos se apetecem numa volúpia insólita tal provisão alimentícia

Efusivamente louvam a bondade da mãe-morte

Quão despreendida inclinada ao bem-estar

Desses decompositores que se deleitam juntos aos novos defuntos

Logo a se tornarem restos mortais, resquício da vida terrena

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 16/01/2018
Reeditado em 26/08/2018
Código do texto: T6228093
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