Realidade letal
A morte paraninfa dos bichos se movimenta
Diligente a ofertar mais um finado como alimento
A carne fresca, nova sustância aos micro-organismos da terra
Insaciável fome, quanta demanda neste mundo
Em apelo uníssono clamam um banquete farto
Há muita gente saudável neste mundo que a morte não vence
Bichos pedem ao aumento da mortalidade
Pobres “esfomeados” em busca de estatística
À sete palmos vivem a subalimentação forçada
Rumores de socorro se fazem recorrente nos cemitérios
Uma força tarefa se faz urgente
Carentes Imploram a compaixão da temida mãe-morte
iminentemente levará uma mescla de tipos humanos
Jovens desiludidos, seres endividados, arrimos cheios de planos...
Contingente por tragédia ou realidade ou destino certo servirão de provisão(víveres)
Ao chamamento impreterível
Os bichos se apetecem numa volúpia insólita tal provisão alimentícia
Efusivamente louvam a bondade da mãe-morte
Quão despreendida inclinada ao bem-estar
Desses decompositores que se deleitam juntos aos novos defuntos
Logo a se tornarem restos mortais, resquício da vida terrena