O DECESSO PRECOCE DA VIDA
*Elias Alves Aranha
Lamento neste poema,
Uma real e triste sena
Ocasionada por uma atitude...
De uma paixão mal resolvida,
Que acabou com uma vida,
Em plena juventude.
Em 20 de agosto Dorneles partiu,
Nas sendas da vida deixou um vazio,
Com o suicídio daquele conselheiro...
O irmão Agente Eduardo,
De comportamento predestinado,
Teve um intuito certeiro.
Chegou à empresa do irmão,
A cunhada segurou sua mão,
Implorando sua atenção...
E pediu: socorro, por favor!
Seu irmão saiu as onze e não voltou,
É necessária urgente ação.
Ao pai o Agente questionou,
O tio Dunério se preocupou,
Sem demora respondeu...
Vamos investigar sem demora,
Pois a ocorrência não tem hora,
Descobriremos o que ocorreu.
Já na casa gritou forte,
Bateu janela, bateu porta,
Nada de resposta a retornar...
Com a cabeça a mil por hora,
Tomou atitude sem demora,
Se resguardando para não emocionar.
Arrombou a casa e adentrou,
Nas dependências o procurou,
E o filho não foi encontrado...
Tomou atitude, ligeiro,
Num ímpeto arrombou o banheiro,
E o encontrou ensanguentado.
Meu Deus que sena chocante!
E o tio naquele instante
Gritou com voz comovida...
Eduardo filho querido
Venha ver o ocorrido
O seu irmão está sem vida...
O laudo pericial
Comprovou o golpe fatal
Que a toda família abalou...
Naquela tragédia mal explicada,
A faca no crime usada,
Com próprias mãos a cravou.
Partiu deixando saudades,
Ainda na precocidade,
Aquela alma valiosa...
Ficamos oprimidos e angustiados,
Sem o calor do abraço apertado
Daquela pessoa amorosa.
Só nos resta suplicar,
Que haveremos de se encontrar,
Na paz, alegre e feliz...
Isento de todo mal,
Na Pátria Celestial,
Pois Deus é o Supremo Juiz.