Sob a luz crepuscular de uma noite de verão
Sob luz crepuscular de uma noite de verão, divago.
E pela janela da alma que encerra o cômodo em que me encerro,
Entre o sono e o sonho, cogito.
À tênue luz do abajur amadeirado, deito-me calmamente.
Retiro os sapatos, as roupas que me aprisionam o corpo nu.
E sentindo o leve aroma de sândalo de um incenso qualquer,
Choro como a criança que fui um dia.
Passam das doze horas.
O ambiente noturno, outrora repleto de transeuntes
Que cruzavam a esquina,
Numa algazarra de passos e vozes abafadas,
Toma a forma de silêncio.
Tudo passa.
É preciso aprender a morrer.