Depois do Funeral
Na capela escura, repousa o defunto,
A imaginação se solta naquele círculo,
O que haverá depois...o que sempre houve,
Momento solene, momento silente.
Outrora, talvez eu detivesse a força,
Qual brado que irrompe da garganta,
Agora, contemplo o estorvo da morte,
Que inoportuna, interrompe a rotina.
Mortalha gris, agora contemplo,
A face pálida que outrora beijei,
jaz fria em eterna pose fúnebre, jocosa,
Rosto sério, como em frio escárnio.
Depois das exéquias, nada mais resta,
Que sentido perdura daquilo tudo?
Sensação de gratidão ao destino,
tal como tímida culpa consciente?
Hora de dizer “Adeus”, ou talvez não,
Frequento coagido o derradeiro ritual,
Aquele que antes fora, não mais se encontra,
O prédio está vazio, agora e para sempre.
Não posso mais ajoelhar-me,
não mais possuo a fé de antes,
Quero só desejar a mim mesmo,
Boa sorte, isso...apenas...
Na capela escura, repousa o defunto,
A imaginação se solta naquele círculo,
O que haverá depois...o que sempre houve,
Momento solene, momento silente.
Outrora, talvez eu detivesse a força,
Qual brado que irrompe da garganta,
Agora, contemplo o estorvo da morte,
Que inoportuna, interrompe a rotina.
Mortalha gris, agora contemplo,
A face pálida que outrora beijei,
jaz fria em eterna pose fúnebre, jocosa,
Rosto sério, como em frio escárnio.
Depois das exéquias, nada mais resta,
Que sentido perdura daquilo tudo?
Sensação de gratidão ao destino,
tal como tímida culpa consciente?
Hora de dizer “Adeus”, ou talvez não,
Frequento coagido o derradeiro ritual,
Aquele que antes fora, não mais se encontra,
O prédio está vazio, agora e para sempre.
Não posso mais ajoelhar-me,
não mais possuo a fé de antes,
Quero só desejar a mim mesmo,
Boa sorte, isso...apenas...
(imagem-google)