Epitáfio
Quando o corpo em que habito
Vazio de alma
Em busca de calma
Do mundo exaurir
Não ouvirei mais os pássaros
Não sentirei o perfume das flores
Nem a doçura das maçãs
Não verei das paixões, a loucura
Do adeus, a amargura
Nem o Sol das manhãs
E, quando então
Convertido em cinzas pródigas
Aos grãos da terra me unir
No silêncio fértil da noite
Outra vida há de surgir