MEU QUERIDO PAI

Ao meu estimado e saudoso pai, João Evaristo da Silveira

(*17 out. 1935 / + 30 mar. 2010)

A terra silenciou sua orquestra

e, enchendo-se de tristeza e dor,

vestiu-se toda de luto.

O tempo parou, congelou...

O dia desfez-se em lágrimas

pela grande perda.

Desde então somente um enorme vago

foi o que restou nos corações

que, perdidos e órfãos,

ficaram sem saber qual direção

ou rumo certo deveria tomar.

O vazio foi chegando

quão gélido e amargo

a mostrar-nos que jamais

haveríamos de ouvir seus bons conselhos,

sua doce e calma fala a nos orientar,

e seu sorriso alegre de paz,

que nos fazia novamente crianças

a brincar risonhos ao seu lado.

Ficamos todos muito tristes,

pois tudo nos parecia mostrar o fim.

Eu, porém, não sabia

que, naquele mesmo dia

em que a terra se vestia de luto

pela sua imensa falta,

lá no céu com grande euforia

a mais bela de todas as sinfonias

enchia-se de muita alegria

e com trajes de gala se vestia

para receber meu querido pai

que perdíamos aqui na terra,

mas ganhava nos céus

os abraços de boas-vindas

de todos os anjos e arcanjos

que o conduziam feliz e realizado

para os braços de Deus.

Nova Serrana (MG), 16 de junho de 2010.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 22/10/2017
Código do texto: T6150055
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