SEU NOME
Não me esqueci do combinado
de não revelar seu nome,
mesmo ciente de que isto me consome
por trazê-lo comigo trancado.
Não acho certo, porém, e acredito
que esta obra não teria nenhum valor
se seu nome nela, meu amor,
não estivesse escrito.
E para não trair o combinado,
eu a chamarei de Adélia A. Azevedo,
um nome fictício entre o arvoredo
dos meus sonhos arruinados.
Assim ao público a apresentarei,
pois certamente hão de perguntar
quem foi você a quem tanto amei,
sem ao menos seu nome revelar.
Não me importo se gostarão ou não
Porém seu nome verdadeiro
Guardá-lo-ei dentro do coração
Até meu instante derradeiro.
Nova Serrana (MG), 8 de dezembro de 2009.